Alegrete sempre ficou inconformada com o desmembramento do povoado de Santana do Uruguai em 1846.
Segundo a história, visando instalar estrategicamente um centro de fiscalização e transação comercial com Argentina e Uruguai, Domingos de Almeida (foto acima) criou o povoado de Santana do Uruguai em 1843 e não suportando mais os desmandos de Alegrete (capital farroupilha na época), bradou com desdém, a independência de Uruguaiana no dia 29 de maio de 1846 às margens do Rio Uruguai, dizendo: "Não me pergunte aonde fica o Alegrete. Eu estou e sou de Uruguaiana!!"
Coube aos irmãos Fagundes, Bagre Fagundes (nascido em Uruguaiana, 1939) e Nico Fagundes (Nascido em Alegrete, 1934) por fim a essa animosidade declarada através da canção Canto Alegretense que se tornou um hino de homenagem de Uruguaiana à Alegrete e à República Rio-Grandense.
Nico fez a letra desta música de forma muito inusitada, estava ele vindo de Rosário para Alegrete ao final da tarde encontrar o seu irmão Bagre que havia vindo de Uruguaiana para Alegrete de manhã, o sol ardia como uma brasa e Nico acelerava o seu possante para ver o sol alegretense entardecer. Infelizmente o possante não aguentou o tranco e foi parando... Naquele momento achou que ia morrer sem nenhum posto de gasolina por perto e como potro já estava virando a cabeça para os pagos pensando no pior... mas Nico estava com sorte e vinha cruzando pela estrada um ginete que lhe deu uma carona na garupa até a estância mais próxima. Em lá chegando ele ouviu um toque de gaita e violão acompanhando um canto de um gauchesco e um brasileiro que lhe fez pensar que a música poderia unir os povos, se uniu o Rio Grande e o Brazil, porque não Alegrete e Uruguaiana? A nostalgia tomou conta de Nico em seus olhos era possível notar o seu encantamento pela música que lembrava a terra que ele ama com devoção....Nico ficou amigo do estancieiro e foi convidado a sentar a mesa com um belo arranjo de Flor de Tuna e tomar um cafezinho. Ele estava se servindo quando teve que estapear um camoatim no mel campeiro para passar no delicioso pão caseiro. Ao final do café, Nico conseguiu a gasolina que tanto precisava e seguiu sua viagem para o Alegrete. E na hora derradeira e merecida chegou são e salvo ao Alegrete na Estância dos Fagundes.
Depois da poeira sentar, no outro dia pela manhã Nico foi com o seu irmão Bagre tomar um mate sobre uma grande pedra moura nas quebradas do Rio Inhanduy e começou a contar sua odisséia para o irmão, o mesmo disse:
"Bah essa história é tão poética, isso dá música hein....faz a letra que eu faço a melodia...é fácil segue o rumo do teu próprio coração e cada verso musicado por mim será o pagamento de Uruguaiana de uma dívida de amor e gratidão por Alegrete, esta terra que eu amei desde Guri."
Dois dias depois Nico entregou a letra para Bagre que puxou o banquinho pegou o violão e fez uma maravilhosa melodia... Os dois irmãos Fagundes foram mostrar a canção ao seu pai que falou Uruguaiana é o mais amado Canto Alegretense, se referindo mais uma vez ao desmembramento causa da relação de amor e ódio entre esses dois povos. Daí os irmãos Faguntes se inspiraram para o nome de sua mais nova canção... Canto Alegretense.
Veja o Videoclipe:
Veja o Videoclipe:
Canto Alegretense - Grupo Inhanduí (Os Fagundes) - 1983
O Canto Alegretense é considerado o segundo hino da República
Rio-Grandense e se constituiu na verdade num canto de paz entoado pelos
irmãos Fagundes para a união entre Uruguaiana e Alegrete. Atualmente o Canto Alegretense é cantado pelo embaixador da paz de Uruguaiana o Guri de Uruguaiana que realiza shows em Alegrete, na Nova República Rio-Grandense e no Brasil nas mais variadas e modernas melodias para esta canção eternizando-a em nossos corações.
Veja o videoclipe.
Veja o videoclipe.
Guri de Uruguaiana noTheatro São Pedro (2012)
Canto Alegretense
Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão
Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão...
Segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão
Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão...
Linda história, muito emocionante
ResponderExcluirGrato pelo seu comentário Elaine.
ResponderExcluirNossa redação está preparando mais matérias históricas que vão mexer com as emoções de todos.
Nossa tem que rir dessa história que você criou. Criativa, mas não real. O Nico sempre falou que a ideia da música veio porque colegas dele de trabalho em Porto Alegre ficavam perguntado onde ficava Alegrete. Forçou a barra metendo Uruguaiana na história. Kkkkkkk
ResponderExcluirProva!
Excluir